sexta-feira, 26 de março de 2010

Hora do Planeta em Manaus

Prefeitura firma parceria com Ong WWF Brasil e apagará luzes de dois parques A Prefeitura de Manaus aderiu ao movimento mundial Hora do Planeta e apagará as luzes de dois parques da cidade – Bilhares e Lagoa do Japiim – durante 60 minutos, a partir das 20h30 do próximo sábado (27). A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), responsável pela administração dos dois logradouros, já firmou parceria com a organização não-governamental WWF Brasil, para viabilizar as atividades previstas para o dia do evento. O gesto de apagar as luzes é simbólico e demonstra a preocupação mundial com o aquecimento global. No Parque Lagoa do Japiim, as atenções estarão voltadas para o ato público que a população do próprio bairro está programando para chamar a atenção de todos contra o aquecimento global. Mais de 600 pessoas formarão um grande círculo no entorno do lago artificial do parque, com velas acesas durante os primeiros minutos do apagão. A ideia está sendo viabilizada com o apoio da WWF Brasil, Semmas e moradores sensibilizados com a ação da prefeitura que reabriu o parque para a comunidade. As luzes do Parque dos Bilhares também serão apagadas a partir das 20h30. A Hora do Planeta vai durar 60 minutos e pretende reunir um bilhão de pessoas em todo o mundo. O movimento foi realizado pela primeira vez em 2007, em Sidney, na Austrália, e se expandiu pelo mundo. O secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, estará presente na solenidade e solicitou o reforço do efetivo da Guarda Municipal para garantir a segurança de todos os frequentadores que estarão nos parques durante os 60 minutos de apagão. No total, serão desligadas 208 lâmpadas, sendo 11 de postes baixos, nove altos e 41 refletores no Lagoa do Japiim; e no Parque dos Bilhares, 69 postes médios, 21 postes baixos e 57 postes com refletores. O Planeta agradece. Link:http://www.manaus.am.gov.br/noticias/manchete/prefeitura-de-manaus-adere-ao-movimento-mundial-hora-do-planeta-2

sexta-feira, 12 de março de 2010

Afeto e autoridade na educação das crianças Gérard Guillot

Ano VI - Nº 17 - Pedagogia das relações - Julho à Outubro 2008

"Educar uma criança supõe conduzi-la ao racional e ao razoável sem negligenciar sua experiência afetiva"

Uma criança tem necessidade de um quadro estruturante, com referências e limites claros, para construir sua personalidade. Dessa perspectiva, todos os adultos encarregados de sua educação têm o dever de assumir suas respectivas responsabilidades, evitando o duplo perigo, de um lado, do autoritarismo e, de outro, do permissivismo. Um professor, um pai ou mãe ou um educador deve instaurar as "regras do jogo social", do viver junto, sem impor uma tirania subjetiva nem uma não-diretividade mal compreendida.

O "capricho do príncipe" transforma o sujeito em objeto. O "professor camarada" parentaliza a criança, jogando nas costas dela cargas que vão muito além de sua maturidade. Em suma, educar as crianças requer que os adultos ousem assumir sua autoridade de "adultos do cotidiano", que está muito longe das sereias dos falsos adultos do mundo do espetáculo e do universo midiático onde costuma reinar um adolescentrismo ou mesmo uma infantilização. Para isso, o adulto deve adotar aquilo que chamei de autoridade de bons-tratos (Guillot, 2008).

Esta tem como principal função autorizar a ser, a existir, a crescer, a expressar emoções (alegria, raiva, tristeza), a aprender, a amar, a criar. Implica o respeito, a priori e incondicional, à pessoa da criança. Trata-se de uma postura ética, cuja exigência suprema é promover a condição humana em toda criança, quaisquer que sejam suas particularidades. Porém, autorizar a ser não autoriza a fazer o que quiser: proibições, limites e regras são indispensáveis, com a condição de incidirem sobre o que as crianças fazem, jamais sobre o que elas são.

As proibições fundamentais dizem respeito a qualquer conduta que atente contra a dignidade humana delas mesmas ou de outrem. Assim, entre as regras do viver junto, é preciso distinguir as regras éticas e legais, não-negociáveis, e as regras normativas ou convencionais que se constroem, por exemplo, com os alunos na sala de aula. As primeiras são fundadoras do vínculo humano; as segundas, condicionadas às primeiras, permitem associar os alunos à sua elaboração a fim de responsabilizá-los com os vínculos sociais que se tecem nas diversas situações da vida.

Mas uma criança não é um ser de pura razão (como, aliás, tampouco o adulto). Cada criança, em sua singularidade, comporta-se em função de sua afetividade, de sua experiência emocional. Além disso, uma criança vive no presente. Sua educação tem uma dupla finalidade: primeiro, levá-la a conciliar seu princípio de prazer com o princípio de realidade, para usar os termos freudianos; segundo, favorecer sua inscrição na temporalidade longa, que é a da história, como também a de toda aprendizagem. A primeira finalidade esbarra no obstáculo do capricho, da chantagem afetiva; a segunda esbarra na dificuldade de "adiar o prazer" (Freud, 2004).

Os afetos, as emoções e os sentimentos são essenciais. Não se trata absolutamente de negá-los, de reduzi-los nem de atrofiá-los: trata-se conciliá-los com a objetividade, a lucidez e o espírito crítico que a escola tem como missão desenvolver. Um ser puramente cognitivo, se pudesse existir, seria frio, aborrecido, perigoso e, sem dúvida, infeliz. Seria mutilado dessa parte de humanidade que é também de coração, de desejo e de carne. O ser humano, desde a mais tenra infância, é um ser plural: nele o intelecto e a razão misturam-se com o sonho e o imaginário.

Educar uma criança supõe, portanto, conduzi-la ao racional e ao razoável sem negligenciar sua experiência afetiva. Isso não significa, porém, que devamos amar toda criança: o amor é eletivo, a simpatia é fonte de exclusão. Nem todas as crianças - e o mesmo se aplica aos adultos - parecem-nos simpáticas e, reciprocamente, nem sempre somos simpáticos a elas. Seria um erro querer fazer o jogo da simpatia, da sedução pedagógica, pois assim se desviaria o objetivo cultivando o próprio narcisismo. Um educador, um professor em particular, é um profissional da educação, não um tecnocrata sem estados de alma, mas um homem ou uma mulher que, com a distância do respeito, sabe demonstrar cordialidade calorosa, sem projeção subjetiva, e empatia em relação a todas as crianças. A questão é amar o estado de infância da humanidade em cada um.

Uma grande dificuldade é não se deixar levar pelas fortes demandas espontaneamente afetivas das crianças. A pedagogia é a arte de não responder afetivamente a essas demandas, mas de oferecer como resposta uma benevolência compreensiva que as reoriente para um outro terreno. É por isso que o relacional necessita de mediações para não cair no confusionismo. Assim, um professor é um mediador entre a criança e os valores éticos universais, entre a criança e a lei, entre a criança e as aprendizagens, entre a criança e a ação.

Se a escuta e o diálogo são evidentemente essenciais, a ação também o é. Uma criança é um ser de emoção e de ação. Ao chegar à sala de aula, sua primeira expectativa, ao menos no início, é "O que é que a gente vai fazer?". É muito comum que o adulto adie a ação em proveito de uma introdução com longas explicações e, diante desse discurso, muitos alunos perdem a vontade de fazer, isto é, a motivação. Aprende-se fazendo, e as reflexões sobre a ação, as sínteses durante o trajeto e depois uma síntese final permitem às crianças compreender melhor, obviamente, do que um "modo de usar" anunciado previamente e a ser executado. É comum que os alunos aprendam respostas a perguntas que não se fizeram.

Começar uma aula é se colocar em posição de questionamento, de um questionamento do qual o aluno pode apropriar-se sem se resignar a "seguir" instruções. O "sentido" é a direção: se não for percebido no início, os "familiarizados" com o sistema escolar usarão do oportunismo escolar adquirido (particularmente em função de seu meio social e cultural de origem), enquanto os outros procurarão empiricamente, tateando às cegas − e, como sabemos, o fosso entre os dois grupos se aprofundará. A pedagogia deve ser uma aventura comum que apague as heranças, uma história a construir juntos, graças a projetos, e não um destino a se submeter.

A educação das crianças consiste em organizar atividades nas quais elas aprendam juntas a cooperar. Dessa perspectiva, os adultos têm um dever de exemplaridade: trabalhar em equipe é apresentado hoje como uma evidência, mas muitas vezes o obstáculo é o afetivo: "Eu quero muito trabalhar, mas não com ele ou com ela!". Além disso, os professores, os pais, os educadores, os atores institucionais e sociais que participam dessa educação também devem cooperar, colocando em prática uma parceria que respeite sempre o ponto de vista do outro, a mais cordial possível, uma parceria que não deve ser facilmente reduzida a uma parceria de afinidades, mas sim uma parceria de competências.

Para concluir, a noção que está ao mesmo tempo na base e no horizonte de relações frutíferas entre crianças, entre crianças e adultos, entre adultos, é a da auto-estima. Uma auto-estima negativa - isto é, não se amar, não se estimar, desvalorizar-se - conduz às duas atitudes de defesa de que dispomos: a inibição, o retraimento ou a agressividade, e a arrogância compensatória de um complexo de superioridade geralmente fonte de uma sede de poder. Para se estimar, é fundamental não só se sentir respeitado e estimado pelos outros - é o registro do olhar e da palavra -, mas também aprender a se estimar mais - é o registro da ação e da ação compartilhada. Desenvolver o sentimento de auto-eficácia, como mostram, por exemplo, os trabalhos de Bandura (1997) em psicologia cognitiva, é uma chave educativa e pedagógica essencial.

Na escola, e ao longo de toda a vida, não se aprende por aprender, mas se aprende para, de forma progressiva e sem fim, pensar e julgar por si mesmo. A autonomia e o espírito crítico e criativo formam-se e desenvolvem-se graças às aprendizagens. Contudo, também se aprende para experimentar o prazer de descobrir e compreender o mundo, de operar com os outros. Uma criança pequena não aprende de maneira seca e direta: ela aprende investindo sua corporeidade, sua sensibilidade e seu imaginário. É preciso primeiro sonhar o mundo para depois compreendê-lo: daí a importância, particularmente, da educação artística e da expressão corporal.

Não se trata de relegar a um futuro hipotético o domínio da língua e da matemática, mas sim de nutri-la de competências transversais: uma regra árida e necessária não pode ser incorporada sem ser irrigada pela seiva de imagens, de metáforas, de exemplos familiares, que são o trampolim da abstração. Ao professor cabe encontrar os "balões dirigíveis pedagógicos" que ajudem o aluno a se elevar acima do labirinto cambiante de suas representações: aparecerão caminhos errantes para levar ao essencial. Acompanhar com júbilo e vigilância, como Sócrates, pastor de uma verdade estelar, não seria o papel "ideal" de um professor? Aprender e ajudar a aprender é entrar em desejância.

REFERÊNCIAS

BANDURA, A. Self-efficacy: the exercise of control. New York: W.H. Freeman and Co Ltd, 1997. GUILLOT, G. O resgate da autoridade em educação. Porto Alegre: Artmed, 2008. FREUD, S. Introduction à la psychanalyse (1916). Paris: Payot, 2004

Fonte:http://www.revistapatio.com.br

quinta-feira, 11 de março de 2010

Crianças vão parar na UTI por causa de acidentes na escola

O menino Erick Teixeira Flores brincava durante o recreio, na segunda-feira, no pátio de uma escola municipal. Segundo os colegas, Erick foi empurrado e caiu sobre um degrau. O menino voltou para a sala e ainda assistiu o restante das aulas. A mãe só foi avisada do acidente quando buscou o filho na escola. Ao chegar em casa, o garoto começou a urinar sangue. "O Erick veio chorando, agachado, protegendo a barriga com a mão, chorando , dizendo que tava doendo muito”, conta Vera Teixeira Flores, mãe de Erick. A mãe então levou o filho ao hospital, onde foi feito o diagnóstico: hemorragia interna. O diretor da escola diz que não chamou a mãe, nem levou Erick ao hospital porque o aluno não apresentava ferimentos ou sintomas graves. "Na mesma hora ele foi atendido pela orientadora, teve uma funcionária que presenciou e também ajudou ele a se levantar, e foi encaminhado para a orientação educacional, porém a situação dele não se apresentava nenhuma lesão aparente", diz Marco Antônio Machado Martins, diretor da escola. A polícia pretende ouvir ainda hoje a mãe do menino e só depois deve chamar o diretor e os funcionários da escola para prestar esclarecimentos. A investigação é para saber se houve omissão de socorro. fonte:http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1523514-16022,00-CRIANCAS+VAO+PARAR+NA+UTI+POR+CAUSA+DE+ACIDENTES+NA+ESCOLA+E+EM+CASA.html

quarta-feira, 10 de março de 2010

Novo Acordo Ortográfico

Olá amigos, como já é do conhecimento de todos, após várias tentativas em 2009 foi assinado o Novo Acordo Ortográfico com obejtivo de unificar a Língua Portuguesa, então: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, assinaram o acordo visando universalizar a língua materna.
O acordo passou a vigorar desde janeiro de 2010, e nós temos até 31 de dezembro de 2012 para nos adequarmos, parece muito tempo, mas deletar o que aprendemos e nos acostumarmos com as novas regras não é tarefa muito fácil. Como ele é meramente ortográfico só muda na forma escrita, não afetando a lígua falada . Em minha prática docente, pude perceber os olhares de supresa ao falar que estudaremos a nova ortografia, muitos desconhecem! Supresa fico eu, como nao podem saber? Está em todo lugar essa novidade: internet, tv, rádio, periódicos. Mas enfim jovens só são antenados para o que interessa. É uma pena saber que a língua mãe não é apaixonante pra eles como é pra mim.
No intuito de divulgar e ajudar ao amigos selecionei dois sítios para consulta caso haja dúvida quanto ao uso das novas palavras. O primeiro é o acordo na íntegra, e outro é um conversor, simples e fácil de utilizar. Basta escrever seu texto e as palavras são convertidas. Uma mão na roda né?!
Eis os links: http://www.abril.com.br/arquivo/acordo_ortografico.pdf http://www.interney.net/conversor-ortografico.php Espero que essas dicas possam ajudar nos seus escritos! Ah! Não poderia terminar sem fazer a já famosa piadinha do novo acordo:NÃO TREMA EM CIMA DA LINGUIÇA! Beijão a todos: Sol